- O índice anual da TMF Group classifica 95 países de acordo com regimes regulamentares e de conformidade
- A América Latina foi classificada como a região mais complexa para se fazer negócios com cinco países nas 10 primeiras posições, à frente da Ásia, com três
- Pelo terceiro ano consecutivo, a Argentina foi considerada o país mais complexo para se fazer negócios
- Colômbia, México, Bolívia e Brasil se juntam à Argentina nas 10 primeiras posições.
16 de fevereiro de 2016 – De acordo com o Índice Global de Complexidade da TMF Group, a América Latina é a região mais complexa para empresas multinacionais fazerem negócios, já que obstáculos burocráticos de longa data provaram ser resistentes a reformas.
O estudo anual da TMF Group, prestadora global de serviços de negócios de alto valor para clientes que operam e investem internacionalmente, classificou 95 jurisdições em toda a Europa, Oriente Médio, África, Ásia-Pacífico e Américas de acordo com a complexidade para se fazer negócios dentro de uma perspectiva de regulação e conformidade. Veja relatório completo.
De acordo com o índice, cinco dos 10 países mais complexos estão na América Latina, com oito deles nas 20 primeiras posições. Pelo terceiro ano consecutivo, a Argentina lidera o ranking como o país mais complexo, seguido de perto pela Colômbia (3º), México (6º), Bolívia (7º) e Brasil (10º).
De acordo com Raimundo Diaz, diretor da TMF Group para as Américas, “embora a América Latina ofereça uma riqueza de oportunidades para as empresas multinacionais, não é nenhuma surpresa que a região mantenha uma forte presença no nosso ranking de complexidade deste ano, e provavelmente continuará a fazê-lo por algum tempo ainda. Há características comuns que ajudam a explicar estes resultados, incluindo altos níveis de burocracia e investimento limitado nas estruturas regulamentares e de conformidade necessárias”.
De acordo com os especialistas da TMF Group, as empresas que procuram investir e operar na América Latina podem enfrentar quantidades significativas de protocolos que abrangem a maioria das modalidades de negócios, incluindo saúde e segurança, recursos humanos e fiscal. Este impacto é multiplicado pela necessidade de obedecer às leis que muitas vezes são difíceis de interpretar e aplicadas de maneira inconsistente.
“A instabilidade política contínua também desempenha um papel importante, porque tem atrasado significativamente algumas das peças-chave da legislação destinadas a simplificar o ambiente de negócios em alguns destes países”, acrescenta Diaz.
A Argentina continua a ser o lugar mais complexo do mundo para se fazer negócios, de acordo com o ranking da TMF Group, embora a recente eleição do presidente Mauricio Macri tenha alimentado um renovado senso de otimismo de que reformas regulatórias extremamente necessárias estão a caminho. Nesse meio tempo, os elevados níveis de burocracia e um ambiente jurídico e regulatório complicados continuam a representar desafios para aqueles que operam na terceira maior economia da América Latina.
Para Diaz, “apesar dos desafios, os resultados específicos de cada país da América Latina variam amplamente. Enquanto a Argentina detém o título de mais complexo, outros países, como Uruguai, Equador e Chile, têm se saído muito melhor em nosso ranking. O Chile, 37º classificado no índice, tem um dos governos mais favoráveis aos negócios na região e deu grandes passos na defesa de um ambiente político e de negócios atraente para as multinacionais”.
Enquanto isso, o Brasil e o México, as duas maiores economias da América Latina, continuam a lutar com um ambiente de negócios altamente complexo. O Brasil, que foi da 2ª para a 10ª posição no ranking, tem feito progressos no sentido de combater a corrupção e melhorar o ambiente corporativo, embora ainda tenha muitos obstáculos burocráticos e gargalos processuais. O México, que permanece em 6º lugar, está atualmente implementando uma série de reformas econômicas amplas destinadas a reforçar o investimento, embora algumas melhorias em processos de regulamentação difíceis de lidar tenham sido observadas no país.
A Colômbia, que recentemente implementou uma reforma tributária abrangente, saiu do 21º para o 3º lugar no Índice de Complexidade. De acordo com a TMF Group, as novas regulações se somam à complexidade processual, reduzindo certos incentivos de investimento para novos negócios.
No outro extremo, a Irlanda (95º lugar), foi classificada como o lugar menos complexo para se fazer negócios, em grande parte devido à sua estrutura de common law (direito comum), ambiente político estável, estrutura política sólida e atitude favorável aos negócios.
Em termos de tendências de compliance ao longo de 2015, denúncias de irregularidades estão no topo da lista e programas para atingir a conformidade estão cada vez mais sendo implementados pelas multinacionais, que procuram aumentar os seus padrões globais de governança corporativa, identificar os pontos fracos nas suas operações e resolvê-los de forma eficaz, a fim de proteger seu valor para o acionista. O suborno e a conformidade com FCPA (Lei de Práticas de Corrupção no Exterior) também subiram na prioridade, substituindo a segurança cibernética, devido ao foco maior na gestão de negócios e de risco reputacional.
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Sobre o TMF Group:
A TMF Group é líder global na prestação de serviços de negócios de alto valor para clientes que operam e investem globalmente, fornecendo serviços administrativos, financeiros, jurídicos e de recursos humanos altamente especializados que permitem aos clientes operar suas estruturas corporativas, veículos de financiamento e fundos de investimento em diferentes localizações geográficas. A TMF Group tem operações em mais de 80 países na Américas, Ásia-Pacífico, Europa e Oriente Médio.
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