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Publicado
09 junho 2025
Tempo de leitura
7 minutos

As 10 principais jurisdições mais complexas para fazer negócios em 2025

Se você está considerando expansão, escalabilidade de suas operações ou otimização de sua presença global, planejar o crescimento da empresa pode ser uma perspectiva assustadora. É por isso que saber o que esperar é crucial.

Oferecendo orientação especificamente voltada para o crescimento bem-sucedido, nosso Índice Global de Complexidade Corporativa (GBCI) e seu relatório correspondente exploram os diferentes fatores que impactam a complexidade empresarial a cada ano, fornecendo uma análise aprofundada e classificando 79 dos mercados mais proeminentes do mundo.

Mas quais jurisdições se classificam como as mais complexas deste ano? Vamos descobrir.

Nosso ranking tem como objetivo fornecer uma compreensão clara dos desafios que as empresas provavelmente enfrentarão em suas jurisdições escolhidas, permitindo que as empresas mitiguem os riscos potenciais de investimento por meio de pensamento estratégico e operações informadas. Embora os mercados abaixo apresentem complexidades significativas, as oportunidades continuam disponíveis para aqueles que conseguem lidar com elas.

As 10 jurisdições mais complexas

1. Grécia

A Grécia mantém sua posição como nossa jurisdição mais complexa, tendo assumido o primeiro lugar em 2024, depois de figurar em segundo lugar em 2023. O país continua sendo um local desafiador para empresas multinacionais devido às mudanças legislativas recorrentes, especialmente nos setores contábil e fiscal (accounting and tax – A&T) e de recursos humanos e folha de pagamento (human resources and payroll – HRP). Estas mudanças requerem investimentos financeiros significativos em tecnologia e compliance. O sistema eletrônico de escrituração contábil MyData, lançado em 2024, exemplifica esta movimentação, com custos de compliance variando de €100.000 a €1,2 mi, onerando fortemente as entidades de menor porte.

A implementação de cartões de folha de pagamento eletrônicos está complicando ainda mais o contexto da área de RH, afetando setores como turismo e indústria pesada. Esta mudança em direção à burocracia eletrônica, embora vise agilizar as operações, aumentou a complexidade no curto prazo.

Para as empresas, estas complexidades significam maiores custos e alocação de recursos visando o compliance. Entidades menores podem ter dificuldades para competir, desencorajando novos investimentos ou expansões. A longo prazo, embora haja otimismo para que este movimento resulte em maior fluidez operacional, o atual contexto pode desencorajar potenciais investidores devido aos altos custos iniciais de compliance.

Em relação a rotas logísticas resilientes e corredores comerciais, as marítimas são predominantes, com investimentos recentes em grandes portos sinalizando melhorias. As melhorias nas redes rodoviária e ferroviária, no entanto, são lentas. Quando se trata de risco na cadeia de abastecimento, as empresas preferem a diversificação devido aos altos custos operacionais e de mão de obra. Enquanto isso, as tendências do mercado de trabalho apresentam altas taxas de rotatividade, aumento salarial e uma mudança em direção ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, embora atualmente haja uma distorção entre a vida pessoal e o trabalho.

O que estamos vivenciando é a transição da burocracia tradicional para a burocracia eletrônica. Isso envolve a existência de múltiplas plataformas online para diferentes submissões, cada uma exigindo credenciais diferentes. Em vez de visitar cada departamento pessoalmente, agora navegamos por sistemas eletrônicos. Embora esse novo processo melhore com o tempo, ele ainda está em seus estágios iniciais. Portanto, devemos abordá-lo com compreensão e paciência.

Expert da TMF Grécia
2. França

A França mantém a 2ª posição pelo segundo ano consecutivo, devido majoritariamente ao seu complexo ambiente administrativo e regulatório. Esta complexidade é impulsionada por regulamentações complexas e variadas sobre a folha de pagamento, regidas por mais de 700 Contadores Públicos Certificados (Certified Public Accountants – CPAs), leis trabalhistas rigorosas e práticas contábeis francesas obrigatórias (Princípios Contábeis Geralmente Aceitos – GAAP). Empresas estrangeiras enfrentam desafios significativos para se adaptar a esses requerimentos locais, agravados pela necessidade de adotar o idioma francês em todos os processos administrativos.

Um dos problemas mais comuns para clientes internacionais é a dificuldade de abrir contas bancárias, questão que muitas vezes leva meses para ser resolvida. No entanto, outros processos, como a abertura de empresas, tornaram-se mais simples com o avanço do país em direção à digitalização.

Em relação ao futuro, o faturamento eletrônico obrigatório, previsto para entrar em vigor em 2026, deverá aumentar a complexidade, especialmente para pequenas e médias empresas (PMEs) e empresas multinacionais que utilizam ERPs globais. Apesar desses desafios, a robustez dos corredores comerciais e do investimento em infraestrutura da França são encarados como mudanças positivas. O foco do governo em aprimorar as capacidades logísticas e garantir a independência energética promete consolidar ainda mais o papel da França como um importante hub europeu de investimentos.

As tendências do mercado de trabalho incluem taxas de rotatividade estáveis e aumento da produtividade, devido ao trabalho remoto, que tem sido adotado positivamente tanto na esfera jurídica quanto na abordagem prática. A França continua oferecendo vantagens significativas, como créditos fiscais para pesquisa e desenvolvimento, uma força de trabalho altamente qualificada e estabilidade política, tornando-se um mercado atrativo, embora complexo.

Muitos aspectos estão melhorando com o aumento da digitalização. No entanto, a futura implementação do faturamento eletrônico inevitavelmente introduzirá novos desafios. Isso representa uma vantagem significativa para as autoridades fiscais, pois ajuda a prevenir a evasão fiscal. No entanto, as empresas enfrentarão maior complexidade devido à exigência de utilizar plataformas especificamente aprovadas pela administração tributária francesa. Embora a qualidade dos dados financeiros seja aprimorada, a reforma em si aumentará a complexidade das operações comerciais.

Expert da TMF França
3. México

O México ocupa a 3ª posição no GBCI deste ano, subindo da 4ª posição registrada em 2024, permanecendo uma jurisdição intrinsecamente complexa devido às suas regras e regulamentações rigorosas. Mudanças legislativas recentes e iniciativas governamentais visam melhorar as condições de trabalho, como a legislação voltada à disponibilização de assentos adequados para trabalhadores em fábricas. Estas mudanças refletem o foco em melhorar o bem-estar dos funcionários, apesar da manutenção de rigorosos requerimentos de compliance.

A mudança em direção ao trabalho remoto, influenciada pelas adaptações pós-Covid, faz com que os funcionários valorizem a flexibilidade e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A lei que exige contratos de trabalho remoto para funcionários que trabalham em casa mais de 50% do tempo também avançou. Esta transição para modelos híbridos está ganhando força, embora os empregadores prefiram um equilíbrio, com alguns dias de trabalho presencial para otimizar o espaço do escritório e promover a colaboração.

Apesar das recentes mudanças nas políticas comerciais dos EUA sob o governo Trump, o nearshoring continua sendo uma estratégia fundamental, com o México se posicionando como uma porta de entrada para os EUA e a América Latina. Acordos comerciais abrangentes oferecem vantagens significativas para investidores estrangeiros. No entanto, as implicações a longo prazo dessas mudanças na política comercial e potenciais ações retaliatórias permanecem pouco claras.

A recente reforma do sistema judicial, com o objetivo de criar uma estrutura transparente e com accountability, teve reações mistas. Embora adicione complexidade, é vista como necessária para garantir a estabilidade a longo prazo e a segurança dos investimentos.

O México é mais do que apenas um destino de nearshoring; é uma porta de entrada estratégica para os Estados Unidos da América e a América Latina, proporcionando uma rota produtiva e eficiente para estes mercados. Embora o México esteja bem-posicionado, existem áreas e especialidades que requerem maior desenvolvimento e treinamento. Portanto, é importante que o México receba investimentos estrangeiros que possam ajudar a treinar e desenvolver as habilidades da força de trabalho mexicana.

Expert da TMF México
4. Turquia

A Turquia subiu para a 4ª posição no GBCI deste ano, subindo duas posições em relação a 2024. Sua complexidade é impulsionada por regulamentações contábeis e fiscais complexas, bem como por rigorosos requerimentos de adoção do idioma local. Mudanças regulatórias imediatas criam desafios significativos para clientes multinacionais, que lutam para se adaptar rapidamente. Um exemplo disso é a introdução e subsequente reversão dos princípios contábeis da inflação, um movimento que impactou significativamente os negócios.

A persistência com relação ao uso do idioma turco em processos administrativos, juntamente com atualizações regulatórias frequentes, contribui para esta complexidade. A instabilidade econômica também representa desafios constantes.

Os corredores comerciais envolvem principalmente países do Oriente Médio e, embora fatores geopolíticos desempenhem um papel, a escolha das rotas comerciais é influenciada pela facilidade de regulamentação e cronogramas. O setor produtivo se beneficia de incentivos fiscais destinados a atrair investimentos estrangeiros.

O mercado de trabalho turco enfrenta uma lacuna de competências devido ao “êxodo de profissionais”, com trabalhadores qualificados buscando oportunidades fora do país, o que leva as empresas a conduzir múltiplas revisões salariais para reter talentos em meio à alta inflação. As empresas também estão adotando cada vez mais a tecnologia para aprimorar a prestação de serviços, especialmente no setor de A&T.

No final de 2023, o governo anunciou que a contabilidade inflacionária seria aplicável, mas os princípios de aplicação foram anunciados apenas em março de 2024. Depois disso, os primeiros princípios foram anunciados e as aplicações trimestrais eram esperadas. No entanto, não foi possível finalizar esses princípios, o que levou ao cancelamento das aplicações trimestrais. Isso gerou muita confusão e complexidade para as empresas.

Expert da TMF Turquia
5. Colômbia

A Colômbia passou da 3ª para a 5ª posição no ranking deste ano. O ambiente corporativo permanece complexo devido à instabilidade política e à burocracia arraigada. A mudança de um governo de direita para um de esquerda gerou incerteza política, que provavelmente persistirá até as eleições de 2026. Apesar da turbulência política, instituições robustas como o Congresso e o sistema judiciário proporcionam alguma estabilidade.

A burocracia e os entraves administrativos continuam impactando negativamente a eficiência operacional das empresas, com diversos processos ainda condicionados à exigência de assinaturas manuais. O ano passado também testemunhou diversas mudanças legislativas, como as reformas tributária, trabalhista e previdenciária.

As principais rotas comerciais permanecem inalteradas, com atividade significativa entre a Colômbia e os Estados Unidos da América, Europa e vizinhos como Equador e Venezuela. O fortalecimento das relações com a China Continental é compensada pelos interesses dos EUA. A adoção de tecnologia na cadeia de abastecimento acelerou, particularmente nos setores de serviços financeiros e trabalhistas, impulsionada por startups locais e políticas governamentais de apoio, como a "Economía Naranja" (Economia Laranja), uma iniciativa que apoia uma série de indústrias criativa e de tecnologia.

As tendências de trabalho remoto e híbrido também permanecem, com o governo implementando regulamentações para apoiá-las. A flexibilidade nos modelos de trabalho continua sendo um aspecto crucial nas grandes cidades.

Atualmente, a Colômbia enfrenta diferentes desafios econômicos e políticos significativos simultaneamente. Sendo assim, é difícil evitar a implementação de diversas reformas. Mudanças são necessárias em áreas como fornecimento de gás e eletricidade, segurança e finanças públicas, em função das atuais mudanças políticas e econômicas. Prevê-se que estas transformações continuem acontecendo, pelo menos até 2027.

Expert da TMF Colômbia
6. Brasil

O Brasil passou da 7ª para a 6ª posição no ranking do GBCI deste ano. Assim como em 2024, as complexidades do setor de A&T continuam sendo os principais impulsionadores dos desafios operacionais. A integração dos sistemas tributários com normas contábeis como as IFRS ou as US GAAP acrescenta complexidade significativa, especialmente com as discussões em andamento sobre a reforma tributária no Brasil.

O Brasil está testemunhando uma crescente adoção de tecnologia, aprimorando significativamente o monitoramento sobre as transações e o compliance por meio de sistemas eletrônicos de reporte. Esta mudança simplificou a supervisão em tempo real, mas introduziu camadas adicionais de complexidade e gerenciamento de riscos para as empresas. O governo brasileiro também está realizando projetos significativos de infraestrutura, investindo R$2 tri para melhorar os corredores comerciais, com foco em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

De modo geral, as empresas estão se concentrando meticulosamente nos riscos logísticos e no compliance ambiental, com uma crescente dependência da tecnologia para monitorar as cadeias de abastecimento. O mercado de trabalho tem demonstrado resiliência com a adoção de modelos de trabalho híbridos, especialmente em regiões voltadas para o setor de serviços, como em São Paulo. Desta forma, apesar da instabilidade política e econômica, as empresas brasileiras estão cada vez mais preparadas para enfrentar os desafios por meio de parcerias estratégicas e integrações tecnológicas.

O Brasil tem integrado cada vez mais a tecnologia para aprimorar o monitoramento sobre as transações financeiras, visando prevenir a lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas. Embora estes avanços promovam a otimização operacional, eles apresentam maiores riscos e desafios de compliance devido ao processamento das reconciliações de transações passar a ser executado em tempo real. Apesar dos avanços significativos impulsionados pela tecnologia, fazer negócios no Brasil continua complexo em termos de governança geral, especialmente no que diz respeito às transações que garantem o registro e o pagamento correto dos impostos.

Expert da TMF Brasil
7. Itália

Classificada em 7º lugar no GBCI 2025, a Itália observou mudanças importantes em seu ambiente corporativo no último ano. Os serviços de HRP continuam sendo o principal impulsionador da complexidade devido às leis trabalhistas protecionistas e ao abrangente sistema de bem-estar social da Itália. Mudanças frequentes nas contribuições previdenciárias e novas regulamentações aumentam ainda mais a carga administrativa.

Com relação aos setores jurídico e tributário, os ajustes nas alíquotas de impostos visam reduzir a carga sobre os que ganham menos, enquanto a aumentam para os que ganham mais. As novas regras agora exigem que os reembolsos de despesas sejam processados utilizando cartões de crédito em vez de dinheiro, adicionando outra camada de compliance para as empresas.

A posição estratégica da Itália na rede logística europeia permanece marcante, apoiada por seus portos e investimentos contínuos em infraestrutura. Houve uma transição do Acordo da Rota da Seda com a China Continental para o Corredor Econômico Índia-Oriente Médio-Europa (India, Middle East and Europe Economic Corridor – IMEC), devido ao valor limitado da Rota da Seda e aos riscos associados. Esta mudança nas rotas comerciais destaca uma mudança estratégica nas relações comerciais sem alterar significativamente as rotas comerciais existentes.

Embora a Covid tenha impulsionado a Itália para acordos de trabalho mais flexíveis, uma cultura de trabalho mais tradicional ainda prevalece. O país também enfrenta desafios demográficos, com uma baixa taxa de natalidade impactando a força de trabalho disponível. No entanto, o trabalho remoto tem sido recebido positivamente pelos funcionários, especialmente entre aqueles com responsabilidades sobre o cuidado de dependentes.

Na Itália, as organizações frequentemente subestimam as despesas associadas aos funcionários. Muitas presumem erroneamente que a rescisão de contratos de trabalho é simples. Na realidade, envolve custos e complexidades adicionais. As leis trabalhistas italianas exigem justificativas específicas para a rescisão contratual e, embora o processo tenha se tornado um pouco mais simples em comparação com anos anteriores, continua sendo desafiador. Os funcionários frequentemente recorrem a assessoria jurídica e solicitam indenização adicional em caso de rescisão.

Expert da TMF Itália
8. Bolívia

A Bolívia passou do 5º para o 8º lugar no ranking deste ano. No entanto, o país continua enfrentando desafios significativos nos setores de A&T e HRP, impulsionados principalmente pela dependência de documentação física de compliance. Esta exigência está dificultando os esforços de transformação digital. A instabilidade macroeconômica, restrições cambiais e tensões políticas também continuam sendo sérios obstáculos ao investimento estrangeiro, o que representa barreiras à entrada no mercado e ao crescimento econômico.

O mercado de trabalho boliviano permanece estável, embora a economia esteja estagnada devido a contínuas disputas políticas internas e pressões inflacionárias. Oportunidades de crescimento se apresentam em projetos de infraestrutura, incluindo a construção de estradas, pontes e hospitais, que prometem estimular a criação de empregos e a atividade econômica. No entanto, estes projetos ainda não atingiram a escala necessária para um crescimento econômico significativo.

O potencial dos recursos naturais da Bolívia, como lítio e gás, permanece subutilizado devido às atuais condições regulatórias e econômicas. No entanto, existe a possibilidade de uma mudança significativa de governo nas eleições de 2026, o que poderia tornar a Bolívia mais atrativa para investidores nestes setores.

Tanto o setor de GEM quanto o de HRP são complexos na Bolívia devido aos desafios de digitalização das informações. As autoridades insistem na documentação física para o registro e a apresentação das designações dos trabalhadores, o que tem sido a norma tradicional por muito tempo. Além disso, a Bolívia enfrenta obstáculos significativos para atrair investimentos estrangeiros, principalmente devido a questões macroeconômicas. O mercado cambial é particularmente problemático, com regulamentações rigorosas para a conversão de moeda de dólares para bolivianos e vice-versa. Essas restrições cambiais representam um sério desafio para as empresas que operam na Bolívia.

Expert da TMF Bolívia
9. Cazaquistão

O Cazaquistão subiu do 10º para o 9º lugar no ranking deste ano. O país continua apresentando alta complexidade nos setores de GEM, A&T e HRP. Isso se deve a processos obsoletos e impressos, que demandam muito por presença local, como a existência de um diretor residente na jurisdição. Os setores de GEM e A&T são particularmente desafiadores devido ao rigoroso escrutínio e às peculiaridades da legislação local que difere dos padrões euro-americanos.

No último ano, foi introduzida uma nova legislação de privacidade de dados, exigindo que o processamento inicial de dados ocorra dentro do Cazaquistão. Isso forçou as empresas a reformular seus fluxos de trabalho de dados e configurações tecnológicas, aumentando sua carga operacional.

Há também uma dependência persistente de documentação impressa, frequentemente verificada pelas autoridades. Além disso, possíveis requerimentos futuros para que os documentos sejam redigidos no idioma cazaque podem aumentar ainda mais a carga administrativa.

Apesar destas complexidades, o mercado de trabalho apresenta tendências promissoras. Elas incluem um número crescente de empresas estrangeiras estabelecendo operações na região devido a mudanças geopolíticas. Isso levou a mais oportunidades de emprego e investimentos em infraestrutura local. No entanto, o mercado continua desafiador, com baixas taxas de desemprego e altas taxas de rotatividade, o que dificulta a retenção de funcionários. Isso é agravado pela alta inflação imobiliária, impulsionada por investimentos externos, e pelo significativo "êxodo de profissionais" com a migração de talentos para o exterior.

Desde o início deste ano, a legislação sobre privacidade de dados e armazenamento de dados pessoais e confidenciais mudou. Agora, o processador inicial precisa estar no Cazaquistão. Isso significa uma nova tecnologia, um novo processo e também a garantia de que haja funcionários no Cazaquistão capazes de implementá-los e gerenciá-los.

Expert da TMF Cazaquistão
10. China Continental

A China Continental passa a figurar entre as dez jurisdições mais complexas no Índice de 2025, subindo da 11ª posição registrada em 2024. A complexidade da jurisdição decorre de frequentes mudanças regulatórias, juntamente com disparidades regionais.

As leis chinesas, especialmente nos setores de A&T e HRP, são atualizadas frequentemente para se adaptarem às mudanças econômicas e sociais. Isso exige que as empresas alinhem constantemente seus esforços pelo compliance com os novos requerimentos. Além disso, as regulamentações regionais variam entre as diversas províncias, adicionando outra camada de complexidade.

No ano passado, novas leis, como as de segurança de dados e de beneficiário final, foram introduzidas, impactando as transferências internacionais de dados e a transparência. A implementação de novas políticas também costuma ocorrer rapidamente, sem longos períodos de consulta, aumentando a imprevisibilidade do cenário. Apesar destes desafios, a China Continental continua oferecendo incentivos para atrair investimentos, especialmente em zonas de livre comércio designadas. O governo também promoveu o desenvolvimento de infraestrutura por meio da iniciativa “Belt and Road”, para aprimorar a logística comercial.

O contexto da cadeia de abastecimento é diversificado devido a tensões geopolíticas, principalmente com os EUA, levando ao estabelecimento de novas rotas comerciais pelo Sudeste Asiático, África e México. Enquanto isso, os custos trabalhistas estão aumentando, especialmente em setores de alta demanda, com uma tendência crescente para acordos de trabalho flexíveis e remotos, acelerada pela pandemia de Covid.

As leis e regulamentações chinesas são atualizadas frequentemente, com políticas adaptadas para dar uma resposta às mudanças econômicas e às necessidades sociais. As empresas devem se adaptar continuamente aos novos requerimentos de compliance, incluindo políticas tributárias, regulamentações ambientais e leis trabalhistas, entre outras. Além disso, as regulamentações na China Continental podem diferir entre os locais devido ao tamanho e à diversidade do país. Diferentes cidades de tier 1, tier 2 e tier 3, bem como cada província e cidade em particular, podem ter políticas locais distintas. Portanto, as empresas que operam aqui devem garantir o compliance com as regulamentações locais específicas para cada área.

Expert da TMF China

Índice Global de Complexidade Corporativa 2025

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Este artigo é um fragmento da última edição do Índice Global de Complexidade Corporativa. Baixe o relatório completo aqui - Afundar ou nadar: mapeando o crescimento empresarial bem-sucedido em um mundo cada vez mais instável

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