Lidando com o novo normal – maximizando a resiliência empresarial em um mercado desafiador

As empresas enfrentam diferentes pressões no complexo ambiente global atual. As mais inteligentes, mas estão transformando desafios em vantagem competitiva. No entanto, como as empresas que agem rapidamente estão se estabelecendo e prosperando em meio à turbulência do mercado atual?
Um cenário econômico em transformação
Em 2025, empresas em todo o mundo continuam enfrentando tensões em diferentes frentes. Apesar da inflação ter recuado em relação aos picos de 2022-2023, ela permanece desigual entre as regiões. Os EUA estão enfrentando uma pressão inflacionária renovada devido a mudanças na política comercial, enquanto a Europa e a Ásia estão vivenciando uma desinflação mais consistente. As taxas de juros, embora tenham projeções de queda gradual, permanecem elevadas, aumentando o custo do capital e reduzindo o apetite por investimentos.
De acordo com o midyear global outlook da EY, o crescimento do PIB global deverá desacelerar para 3,0% em 2025, uma queda com relação aos 3,2% registrados em 2024. Mercados desenvolvidos, como os EUA e a zona do euro, devem crescer 1,5% e 1,0%, respectivamente, refletindo cautela e condições financeiras mais restritivas. Essas mudanças macroeconômicas são particularmente sentidas nos mercados de capitais, onde a volatilidade e a incerteza prolongada têm atenuado a captação de recursos e a atividade de negócios.
Pressão na escala macro, implicações na escala micro
Os mercados de capitais privados estão passando por mudanças estruturais. Os ciclos de captação de recursos estão se alongando, os prazos de saída estão se estendendo e as expectativas dos investidores estão aumentando. No cenário atual, os investidores exigem mais do que apenas retorno financeiro – eles buscam transparência, excelência operacional e um caminho claro para a liquidez.
De acordo com o 2025 Global Private Markets Report da McKinsey, limited partners (LPs) estão migrando de alocadores passivos de capital para participantes mais ativos, investindo cada vez mais diretamente em general partners (GPs) e favorecendo estruturas de fundos que oferecem maior flexibilidade, como sociedades de continuação e fundos evergreen. Conforme relatado pela McKinsey, notavelmente, 2,5 vezes mais LPs agora classificam as distribuições para capital integralizado (distributions to paid-in capital – DPI) como sua métrica de performance mais crítica em comparação com os três anos anteriores.
Essa mudança reflete uma recalibração mais abrangente de prioridades. Os investidores estão dando maior ênfase à criação de valor por meio da transformação operacional, em vez da engenharia financeira. Como destacado pela PwC, “os fundos estão se tornando mais disciplinados de acordo com a análise de transformações operacionais com potencial de alta suficiente para justificar avaliações elevadas”. Isso é especialmente relevante em um mercado onde valuations elevados persistem e as oportunidades de saída permanecem limitadas.
Além disso, os LPs buscam cada vez mais exposição a estratégias diferenciadas e setores de nicho, ao mesmo tempo em que esperam que os GPs demonstrem resiliência diante da volatilidade macroeconômica, da incerteza geopolítica e da disrupção tecnológica. Como a McKinsey destaca em seu relatório, “a diferença entre fundos mais diferenciados e com melhor desempenho e fundos menos diferenciados e com pior desempenho pode aumentar”.
Empresas e firmas de investimento estão sendo desafiadas a fazer mais com menos, mantendo total compliance e transparência. A capacidade de se adaptar de forma rápida e estratégica está se tornando um diferencial fundamental.
Do risco à resiliência
Apesar desses desafios, muitas empresas estão respondendo com agilidade. As empresas estão diversificando as cadeias de abastecimento, reavaliando modelos operacionais e fortalecendo as estruturas de compliance. Organizações que operam em diferentes jurisdições estão gerenciando desafios cada vez mais complexos – de tarifas e sanções a obrigações tributárias multijurisdicionais –, muitas vezes com equipes reduzidas.
Acompanhando a complexidade regulatória
Os requerimentos regulatórios continuam crescendo em escopo e sofisticação. Da Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) da UE à evolução das regras de prevenção à lavagem de dinheiro (anti-money laundering – AML) e de indicação de beneficiário final (ultimate beneficial Owner – UBO), as empresas enfrentam um contexto de compliance mais exigente. De acordo com o relatório de 2025 da EY “Risk management’s strategic opportunity in a time of turbulence“, a incerteza regulatória é cada vez mais vista como um risco estratégico – especialmente para empresas que operam internacionalmente. O relatório observa que 29% dos Chief Risk Officers agora citam o risco regulatório e de compliance como uma das principais preocupações, em comparação com 22% no ano anterior. As empresas que tratam o compliance como uma prioridade estratégica – não apenas uma obrigação legal – estão melhor preparadas para conquistar a confiança dos investidores e manter o impulso na captação de capital.
Eficiência de capital e controle de custos
O aumento do custo do capital e o maior escrutínio das taxas de administração pressionaram os gestores de capital privado a operar de forma mais econômica. A terceirização de funções não essenciais – como contabilidade, administração de fundos e elaboração de relatórios regulatórios – tem se consolidado como um fator estratégico para a escalabilidade.
Não se trata apenas de corte de custos. Trata-se de resiliência. Empresas que conseguem ampliar ou reduzir suas operações sem comprometer o compliance ou a confiança dos investidores ganham uma vantagem competitiva. Ao terceirizar tarefas especializadas e que exigem muitos recursos, elas obtêm acesso a expertise mais avançada, mantendo o foco interno na criação de valor estratégico.
O futuro da resiliência
O caminho não será linear. A volatilidade do mercado provavelmente persistirá. As expectativas regulatórias continuarão aumentando. Eventos geopolíticos continuarão sendo uma fonte de disrupção. No entanto, em meio a estes desafios, surge uma oportunidade de reinventar modelos de negócios – tornando-os mais robustos e adaptáveis.
Empresas resilientes estão alinhando liderança com operações, estratégia global com execução local e objetivos de negócios com estruturas de compliance. Elas também estão reconhecendo o valor de ecossistemas de serviços end-to-end – dando suporte a gestores de ativos e suas empresas de portfólio em jurisdições, funções e ciclos de vida.
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A TMF Group, fundada em meio a mudanças geopolíticas, é um exemplo de resiliência. Com um conjunto completo de serviços – incluindo contábeis, fiscais, de folha de pagamento, de administração de fundos e de compliance –, apoiamos empresas para lidarem com contextos globais complexos e a prosperarem em um mundo em constante mudança.
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