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Publicado
22 julho 2019
Tempo de leitura
4 minutos

Seis desafios comuns no gerenciamento de organizações globais

Como um grande fã de Baseball (Vai Red Sox!), um dos mais fascinantes aspectos do esporte é o quão internacional ele se tornou. Em toda a Major League Baseball, mais de um quarto dos jogadores nos principais elencos são nascidos fora dos Estados Unidos e esta porcentagem está aumentando.

O artigo foi originalmente publicano no site AccountingToday.com

O Baseball, a mais americana de todas as instituições, recorreu ao mundo para encontrar talentos, expandir sua marca e introduzir seus negócios a novos consumidores. Seu sucesso internacional deve servir de lição para qualquer organização, nova ou antiga. Se sua empresa está buscando crescimento, expandir-se internacionalmente é o próximo passo natural.

Haverá barreiras. Tenho experiência com isso. Em um momento da minha vida, fui vice-presidente de finanças internacionais para um fornecedor americano de equipamento de redes de telecomunicações, onde fui responsável pelas funções de contabilidade, impostos e finanças para 30 subsidiárias estrangeiras. Além disso, passei um tempo considerável ajudando a suprir as necessidades legais e de RH da empresa. Tenho as cicatrizes de batalhas para provar que gerenciar uma organização representa desafios.

Ainda que empresas individuais respondam de maneiras diferentes a oportunidades internacionais, descobri em minha experiência que elas enfrentam um conjunto comum de desafios quando gerenciam uma abrangência global.

1. RH

Pessoas são valiosas e desafiadoras. Muitas empresas acham o recrutamento e o desenvolvimento de talentos no exterior difíceis de executar. Há diferenças culturais e linguísticas para se superar e você frequentemente não tem um time local grande o suficiente nas filiais. Identificar um programa de integração para colaboradores internacionais que funcione é um fator crítico para o sucesso.

O emprego livre, que permite que empresas encerrem contratos por qualquer razão, é uma construção dos Estados Unidos. Fora deste país, as relações de ocupação são guiadas por contratos, e as leis nacionais trabalhistas da nação podem superar o que nós, nos EUA, pensamos sobre um acordo típico de trabalho. As penalidades pelo não compliance podem ser significativas. Na França, por exemplo, a pena máxima pela terminação sem justificativa é estabelecida em 20 salários brutos para funcionários com pelo menos 30 anos de serviço. Empresas com quadros globais de funcionários geralmente também têm que lidar com múltiplos sistemas de folha de pagamento e administração de RH. Não é de se surpreender que os líderes de RH tenham dificuldades para encontrar tempo para serem estratégicos.

2. Impostos

A complexidade está crescendo. A lista de países que introduziram o Imposto de Valor Agregado, que é coletado em cada estágio da produção, está crescendo; mais recentemente nos Emirados Árabes Unidos e outros estados do Golfo. Quanto mais vendas são feitas online e são completadas por terceiros, o compliance fica mais complexo para os negócios de e-commerce. É necessário saber as regras fiscais locais e ter um plano traçado para que os riscos de ter problemas sejam reduzidos.

Também estamos testemunhando uma nova era em termos de informações de relatórios fiscais. A globalização, mercados emergentes, maior transparência e aumento nas regulações estão transformando o a estrutura fiscal global. Na busca pelo combate à evasão de impostos, os governos estão compartilhando informações sobre ativos e receitas de residentes, o que aumentou a carga de compliance para empresas.

3. Gestão de caixa

Empresas precisam estar preparadas para a era da moeda digital. Em países emergentes, a moeda digital se tornou fisicamente mais segura do que carregar ou armazenar dinheiro em espécie ou comprar ouro e prata. Ela torna transferências bancárias mais rápidas e baratas e permite que empresas menores tenham um engajamento melhor no e-commerce global. Trabalhar com um ou dois parceiros bancários globais ao invés de uma multidão de bancos de país em país tornará as coisas mais fáceis e eficientes.

Tesoureiros ainda têm que lidar com moedas estrangeiras voláteis, assim como o compliance com regulações de “conheça seu cliente” anti-lavagem de dinheiro, que tornaram mais difíceis processos que antes pareciam simples, como abrir uma conta bancária no exterior.

4. Entrada em mercados

Quando se entra em um novo mercado, é sempre necessário ter conhecimento local. Como você faz esses contatos? Como evita erros comuns? Quais são as melhores práticas? Com o tempo, você poderia pensar que a entrada em mercados se torna menos complicada, mas isso não acontece.

As barreiras para a entrada incluem a regulação governamental, previsão de custos de abertura da empresa, diferenciação do produto, acesso a fornecedores e distribuidores e resposta à concorrência. Mas a velocidade de inovação pode exigir um novo modelo de negócios ou uma nova abordagem de precificação e marketing. Identifique um expert primário e local para servir como guia para ter sucesso no lançamento de novas operações.

Um bom primeiro passo para ter uma base de conhecimento do potencial do destino de expansão internacional de negócios é acessar uma variedade de recursos grátis e confiáveis, como esta biblioteca de perfis de países, que está disponível para negócios que desejem tomar o primeiro passo na direção de uma expansão informada e bem-sucedida.

5. Suporte em transações

O volume de fusões e aquisições globais está aumentando. Empresas e investidores têm grandes montantes de dinheiro e as taxas de juros continuam baixas. Mas as transações internacionais apresentam uma gama única de dificuldades que são determinadas pela escala e escopo geográfico do acordo. Os participantes na transação frequentemente vêm de diferentes cenários culturais e têm múltiplos requerimentos de línguas, objetivos estratégicos conflitantes e diferentes práticas de negócios. O reconhecimento antecipado destes obstáculos é fundamental. Seu “time de contratos” deve incluir a liderança interna adequada, advogados, consultores financeiros e experts locais que sejam capazes de trabalhar em harmonia uns com os outros.

Um ponto chave para fazer esses acordos funcionarem é conseguir uma transição correta logo de cara e integrar operações de maneira bem-sucedida. Uma vez que os acordos de transição de serviços expiram, você precisa ter as pessoas e sistemas certos à disposição para continuar operando.

6. Expertise à disposição

Quando um problema aparece do outro lado do mundo, quem você vai chamar? Em quem você vai confiar? As melhores empresas têm acesso a um robusto time de experts, desde advogados até contadores e consultores, para os quais eles podem ligar a qualquer momento.

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